quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

23.02.2010 | Arles - FR



Pas noir mais est charmant.

Até o gato é elegante...

22.02.2010 | Arles- FR



La ville de Van Gogh!!

21.02.10 - Frankfurt



Meu coração, junto com a temperatura, gelou de saudade, de ansiedade com a nova perspectiva...

Mas a viagem continua!

Eu tô na rua e, vou como e pra onde Deus quiser.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

o que sei sobre ela.

Aprendeu a regar seu jardim com as lágrimas das despedidas, pra nunca mais deixar nascer tristezas.
Entendeu que lavanda na varanda, não só espanta escorpiões, como também dá forma ao sonho de sair para enfrentar dragões.
Viu que se fez vento, o que um dia foi morada e, libertou o leão com ou sem dente que agora flutua contra a corrente, no meio de tanta gente que nada entende de semente plantada.
Ficou na lembrança, a brincadeira de criança, de fazer chegar a chuva e, nunca mais esquecerá o dia em que, de braços abertos, fez um céu inteiro, derramar lágrimas doces sobre seus olhos salgados, enjoados de chover.
E lembro como se fosse agora, o dia em que ela aprendeu a inventar o tempo.
Se hoje venta a hora que ela quer, é porque hoje, ela vive no tempo em que se inventa jeitos de viver como quiser.

o que eu sei sobre eles.

Começou numa festa de faculdade, ele não a viu chegar.
Ela entrou, a festa já estava na metade, ela não gostava de se atrasar.
A primeira coisa que ela reparou, foi no formato dos olhos, o jeito como combinavam com o despenteado do cabelo, depois, foi a espessura dos lábios que ela viu.
Ele sentiu naquele momento, dentro dele, alguma coisa esquentar, mas claro, ele nunca iria relacionar.
Depois da terceira garrafa vazia ao lado dele, outras coisas ela foi notar, o jeito como todos ao redor o admiravam, mesmo quando ele, embriagado, contava as cartas do baralho de todos os adversários, ele subia na mesa e, em sua defesa recitava um poema de coração, começava falando dos amigos, depois sobre a vida, sobre as saias das meninas, sobre o buraco em seu coração.
Os recém-chegados, chocados, pensavam ser mais um poeta da paixão. Os mais chegados, acostumados, já lhe preparavam um colchão.
Ela estava de costas quando ele a viu, ele achou bonito o comprimento do cabelo, mas achou tão mais lindo, quando ela se virou e sorriu.
O calor que ele sentira, ela também sentiu.
Ele ficou atordoado, sentiu falhar a respiração.
Encorajado pela cor nos olhos da moça, ele a chamou para dançar.
Ela aceitou, animada com a idéia de poder, nos cabelos dele tocar e, o entrelaço com seus dedos foi mesmo, como imaginará, encantada, baixou os dedos para a nuca, sem saber, massageou o caração escancarado do rapaz.
E ele, sempre tão cheio de palavras, embriagado no perfume, sentiu a voz faltar.
Três dias se passaram quando a música terminou, só então eles perceberam, que já não sentiam seus pés no chão e, o som que agora escutavam, era da batida de um terceiro coração.