terça-feira, 30 de março de 2010

a primavera chegou



Veio e me perguntou sobre as flores, quer saber sobre as flores e, logo!
Pedi um pouco mais de paciência, lhe expliquei que o tempo ainda é pouco e, que eu gosto de dormir cedo...

Disse-me que todo tempo é curto, é verdade, mas é elástico também.
Ela sabia que o inverno me pusera uma questão, sobre o porquê do meu fazer e, que não tenho um sono regular desde então.
Não demorou e, aumentou mais uma hora do meu dia.

Disse-me que o porquê do fazer vem com o tempo, se vier, mas que deve ser feito, mesmo que só por prazer...

"Você não tem mais desculpas, sai pra rua, vá buscar suas flores!"

quarta-feira, 24 de março de 2010

mon petit cahier - os primeiros rabiscos de mais um começo

Começa no dia em que a vida me cuspiu pra fora de casa, como quem diz, "Vai, menina, já é hora!"; mas não me disse hora do que, nem porquê.
E como quase tudo em minha vida, claro que era a hora pra muitas coisas, mas já não me cabia mais escolher.
Deixei a vida se encarregar dos grandes acontecimentos, de toda beleza. No final das contas, acho que ela é a grande autora mesmo, eu, sou só personagem, mas não sou só.
Meu combinado com a vida é de poder escolher quantos protagonistas eu quiser, pra poderem desempenhar comigo esta função.
Mas pra provar pra mim mesma, a minha força, de tempos em tempos a vida me mostra sozinha.

Pela primeira vez na vida posso entender o meu real sentido de "flutuar", pude ver as ondas desempenharem sua função comigo seca, apenas os olhos húmidos, às vezes...
Não vou dizer que é ruim na maior parte do tempo ou que me sinto mal na maioria das vezes, seria mentira.
Mas sozinha, num mundo velho, eu lhes digo, não é fácil.
Não que eu não me sinta pronta, algumas pessoas são sempre prontas pra quase tudo, ou por não pensarem nas consequências ou por gostarem demais de "sim" e, eu me sei!
Mas parece que na vida, os acontecimentos se coincidem, parece que foi tudo pensado para que meus passos estejam certos, retos.
Talvez minha mãe fique feliz com esse fato.
Não que eu ache que em outra circunstância eu não voltaria, eu voltaria com certeza.
Mas sinto em mim, o ímpeto de querer dominar este dragão que só me tem cuspido flores ao invés de fogo, tão grande, tão bonito.
Mas acontece que em mim, foi despertado, algo ainda mais bonito e, parece que no mundo, meu lugar foi definido.
Eu posso, posso estar em qualquer lugar do mundo, eu sei, posso me adaptar a qualquer situação, qualquer.
Mas preciso do meu lado, sentir a presença.
A doce presença da concretização de um encontro.
Porque se não for assim, o frio é intenso demais, minha pele não aguenta.

Atravessei um oceano pra poder me saber livre e, agora sei com certeza, um dos melhores sentimentos do mundo é o de querer se comprometer, assim, espontaneamente.

Viajei mais de 20 horas pra tentar saber mais sobre a arte do instantâneo, descobri muito mais sobre o tempo! Descobri que o mais importante não é o momento em que o tempo pára pra sempre, mas quanto tempo é dispensado para refletir sobre o querer ou não e porquê parar o tempo.

Adiantei 4 horas do meu dia-a-dia para ouvir diferente o que me faria mudar, mudei.

Mas por enquanto, continuo sem saber organizar meus cadernos...


Arles - Março/2010

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

23.02.2010 | Arles - FR



Pas noir mais est charmant.

Até o gato é elegante...

22.02.2010 | Arles- FR



La ville de Van Gogh!!

21.02.10 - Frankfurt



Meu coração, junto com a temperatura, gelou de saudade, de ansiedade com a nova perspectiva...

Mas a viagem continua!

Eu tô na rua e, vou como e pra onde Deus quiser.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

o que sei sobre ela.

Aprendeu a regar seu jardim com as lágrimas das despedidas, pra nunca mais deixar nascer tristezas.
Entendeu que lavanda na varanda, não só espanta escorpiões, como também dá forma ao sonho de sair para enfrentar dragões.
Viu que se fez vento, o que um dia foi morada e, libertou o leão com ou sem dente que agora flutua contra a corrente, no meio de tanta gente que nada entende de semente plantada.
Ficou na lembrança, a brincadeira de criança, de fazer chegar a chuva e, nunca mais esquecerá o dia em que, de braços abertos, fez um céu inteiro, derramar lágrimas doces sobre seus olhos salgados, enjoados de chover.
E lembro como se fosse agora, o dia em que ela aprendeu a inventar o tempo.
Se hoje venta a hora que ela quer, é porque hoje, ela vive no tempo em que se inventa jeitos de viver como quiser.

o que eu sei sobre eles.

Começou numa festa de faculdade, ele não a viu chegar.
Ela entrou, a festa já estava na metade, ela não gostava de se atrasar.
A primeira coisa que ela reparou, foi no formato dos olhos, o jeito como combinavam com o despenteado do cabelo, depois, foi a espessura dos lábios que ela viu.
Ele sentiu naquele momento, dentro dele, alguma coisa esquentar, mas claro, ele nunca iria relacionar.
Depois da terceira garrafa vazia ao lado dele, outras coisas ela foi notar, o jeito como todos ao redor o admiravam, mesmo quando ele, embriagado, contava as cartas do baralho de todos os adversários, ele subia na mesa e, em sua defesa recitava um poema de coração, começava falando dos amigos, depois sobre a vida, sobre as saias das meninas, sobre o buraco em seu coração.
Os recém-chegados, chocados, pensavam ser mais um poeta da paixão. Os mais chegados, acostumados, já lhe preparavam um colchão.
Ela estava de costas quando ele a viu, ele achou bonito o comprimento do cabelo, mas achou tão mais lindo, quando ela se virou e sorriu.
O calor que ele sentira, ela também sentiu.
Ele ficou atordoado, sentiu falhar a respiração.
Encorajado pela cor nos olhos da moça, ele a chamou para dançar.
Ela aceitou, animada com a idéia de poder, nos cabelos dele tocar e, o entrelaço com seus dedos foi mesmo, como imaginará, encantada, baixou os dedos para a nuca, sem saber, massageou o caração escancarado do rapaz.
E ele, sempre tão cheio de palavras, embriagado no perfume, sentiu a voz faltar.
Três dias se passaram quando a música terminou, só então eles perceberam, que já não sentiam seus pés no chão e, o som que agora escutavam, era da batida de um terceiro coração.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

sonhei você pra mim

Sonhei você pra mim já faz um tempo.
Numa brincadeira de criança, entalhei em madeira de lei seu sorriso, coloquei no lugar dos olhos, espelhinhos polidos refletindo o azul do céu.
Imaginei sorrindo a temperatura do seu corpo e, neste momento deixei que o primeiro sol da manhã esquentasse o meu, na tentativa de te sentir, te imaginar, sem nem mesmo te conhecer.
Soprei baixinho ao vento mais algumas características...
Coração gigante, e braços fortes, você sabe o que quer e como conseguir.
Abraço aconchegante e, palavra única, você não volta atrás, sabe seguir em frente.
Pernas bonitas e perfume suave, você me envolveu como ninguém o fez.
Não sei se por acaso, ou ventania, você chegou à mim e, eu à você.
Se sua natureza é vento, se preciso fosse eu me rein-ventaria por você.

Vou junto, pra onde quer que você vá...

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

acho que a vida se apaixonou por mim

Algumas pessoas já tem nato, o tino de andar sempre do lado certo.
Ela muitas vezes nem sabe o porquê do fazer, mas o faz e, com coração.
De alguma maneira, ela não sabe o porquê, o lado dela é sempre, o certo.
Ao lado dela é fato, o tudo que só pode ser.
A vida se apaixonou tanto por ela, que de tempos em tempos, traz de volta, manda embora, bate a porta, traz a tona, ou retoma, faz valer!
Que é pra ela nunca, nunca se enjoar de viver...

Num segundo a vida muda, é tão grande o meu viver...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

vale para relacionamentos

Para desenvolver um projeto, determinação.
Pra concluir uma idéia, sorte.
Fé no acaso.
Crer em tentativa e erro.
E coragem,
vontade de se arriscar e gosto.
Gosto pelo precipício.
É preciso
Adequar tempo e juízo.
E saber o que se quer.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

domínio de variáveis

Dominar o momento para ver
Não ver para dominar o momento
Ajuste intuitivo do que virá a ser

Quanto vale a identidade de um trabalho?
Como se mede esse valor?
O que fica quando se parte para o tudo ou nada?

Sou fiel a minha inconstância.
Não poderia responder a última questão
Não sei ficar tempo suficiente para saber

O que me prende é vento
Minha verdade é leveza
Minha procura consiste na busca da beleza de tudo aquilo que pode ser

Por que é preciso saber seguir em frente?
Penso ser para se poder sentir saudade, para se saber que algo bonito foi feito, algo digno de querer viver de volta

Não acredito em adaptação
Acredito em bom senso, acredito em escolhas certas, valorizo escolhas erradas

Quero conhecer um canto remoto do mundo e, me reconhecer nesse lugar

Aprendi com a vida que pra ter controle é preciso decisão
Que a essência do moinho é vento, mas vento será com ou sem moinho

Em qual lado você está?

Em qual parte do trajeto eu me encontro?

Só sei que para crescer é preciso entranhar-se à terra e, não sossego enquanto não sentir minhas raízes, até lá não paro

Vou testar os limites do meu corpo e, não vou me arrepender, vou entender de vento, vou saborear o tempo
Vou me acrescentar nesses lugares todos.

Não sou hoje o que fui ontem, sou fiel ao que sei ser agora, mas vou levar na bagagem o que for preciso lembrar

Não gosto de regras, mudo receitas, não sei discorrer sobre uma idéia
Escancaro sentidos, reflexos, inconsciências
Mostro o que não pode ser visto, o resto, é ainda bonito, mas é fácil demais

Quero o gosto da vitória valida à esforços, à vitória concedida mais cedo.

Sei que vai doer,
Vai valer.


O multifacetado ser tão umidecido, o improvável

Chora lágrimas lineares que percorrem horizontes, montes

Montes de olhares desprevinidos

Numa imagem, doze atos

Doze fatos, ou miragem?

Me responda você, se é que você pode realmente ver...

Me diz, como você se vê, como você me vê?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

sem fim


Perfeição, me pego pensando.
Feitio meticuloso, feito e refeito, por diversas vezes, desfeito, por fazer...
Nunca acaba.
Perfeito e, ainda assim, incompleto.
Perfeitio, concluo.
A perfeição existe, mesmo inacabada, inacabável.

É feita por si mesma, por sua própria vontade.
E espera ser refeita, perfeita.

domingo, 30 de agosto de 2009

Memória visual em papel é ilusão.



Não pretendo parar o tempo, eu não sou pretenciosa assim...
Minha intenção é poder falar, gritar bem alto as imagens da minha cabeça.
Eu nunca quis parar o tempo.
Eu invento o tempo e, ele vai trasnparecendo o que é real pra mim.
Assim eu sigo plantando meu jardim, as minhas idéias...

o título poderia ser um nome, ou dois

Tudo bem, eu confesso.
Passei tempo demais procurando, procurando por algo que eu não conhecia.
Sabia porém, que eu buscava algo que eu não tinha.
E nem poderia, hoje eu sei.
Não era algo que se possa ter.
Possuí-lo significaria perdê-lo, matá-lo.
Não estou mais para eufemismos, estou para palavras sinceras.
Estou para metáforas, todas elas.
Metáforas de um amanhecer sem muros ou arrependimentos.
Hoje eu sei, estou pra pena, pena de passarinho cantador, encantador, cantador de dia bonito.
Que ao toque leve, não pesa em preucupações sobre certo ou errado.
Que vai no vento, e sempre volta com uma nova canção.
E hoje eu lhe digo, pois é preciso.
Faz um tempo eu fui com o vento, não sei quando e nem se volto.
A canção nunca esteve tão bonita por aqui.

Hoje me encanta outros versos...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

não importa

invadem seu quarto, procuram por suas escolhas,
tetam levar suas conquistas,

mas a propriedade de um objeto, não é como a de um sentimento
assim como um sorriso, a propriedade dos frutos de uma escolha sincera, será sempre, somente, de quem teve a coragem de ir atrás dela

podem até levar o sôssego do meu caminho, mas nunca levarão a decisão nos meus passos...

constatação

minha mãe não sabe, ela incentiva meus vícios...

num segundo a vida muda, segundos transformam uma vida
no meu caso, são sempre os primeiros e, eu agradeço a meus eternos primeiros, por esse segundo degustado...
perpetuo mais uma vez, a razão do meu sorriso
indiscutivelmente, sem medo de errar.

meu sorriso é propriedade de quem o deseja.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

só uma hipótese

Já não me importa se eu quero coisas que eu não tenho
Se o que se tem nunca for suficiente
Então nunca se terá nada

E isso, nada tem de aceitação, consentimento, estagnação
Isso tem de desfrute, tem de saber o verdadeiro sabor de tudo aquilo que se tem
Do que se tem realmente

sem contar o resto

ele diz que sente muito, isso, pra mim é nada
muito, é só o que eu sinto, sinto muito
não sinto nada

brincadeira na praça

Não a toa, as coisas me acontecem
Eu sempre gostei de mudar voluntariamente, mas há algum tempo me vi obrigada a mudar, eu tive medo, mas me mudei
Agora eu vivo na frente de uma praça
E a noite eu fico vendo os meninos jogando bola
Isso me faz lembrar da época em que eu adorava estar em quadra
E eu só gostava do ataque e do gol
Foi aí que eu vi
Eu sempre estive pronta
Encaro de frente o que me atinge e, também o que me implaca

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

faz um tempo, eu queria dizer...

O muro é, sim, um direito, de passagem.
O resto?
É falta de coragem!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sobre a falta



saudade boa é a que tem hora pra acabar

bom é ser pega de surpresa quando a saudade acaba

e o vazio é, surpreendente e misteriosamente, esvaziado com sorrisos!

a saudade nos olhos



se não for esvaziada com abraços,
escorre tanto que até murcha...

a velha paz








quando nada precisa ser dito...


seca


tão torto, tão certo
errado seria negar o que me toma num súbito.

só vou querer as de papel



Quis colocar minhas lágrimas na tampa da minha caneta,
só pra ver se assim, elas escorriam pra fora, no papel, tudo aquilo que eu sentia, pra que eu pudesse ler e entender.
Mas não deu, elas transbordaram palavras que eu não conhecia...

Quis lhe dar minhas lágrimas,
pra que ele pudesse provar do próprio sabor, salgado demais, inadequado pra mim.
Mas não deu, elas secaram antes dele chegar, beber de mim.

Quis guardar minhas lágrimas,
pra que amanhã, eu não as esquecesse e, nem depois, pra que desse jeito, não mais doesse por aqui...
Mas não deu, elas regaram um jardim de sentimentos coloridos, lindos; e por serem tantas, como algumas plantas, que com água em abundância morrem, fizeram murchar em mim, toda e qualquer lembrança ruim...

Fiquei sem entender, ele sem saber, e o jardim a florescer...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

a insônia constante do viver

Quando eles despertarem, nós que nascemos acordados, já teremos colhido os frutos mais bonitos, os mais saborosos!
E a fertilidade da sinceridade fará nascer um jardim inteiro, mas com uma beleza construída por pedaços...
A vida é leve, quando escorre uma lágrima triste num rosto, é doída, mas é também transformação, como o orvalho que amanhece numa maçã.
Minha maçã amanheceu úmida, mas trasformada como sempre.

Ela nasce, cresce, chora, se transforma, se molda, se solidifica e não morre nunca.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

o que corrói..



hoje o dia terminou num grito abafado em brasa.

terça-feira, 21 de julho de 2009

sobre mim..

Me encaro de frente
Arremesso ao chão, a imagem do espelhho
Eu me recuso a ser um único inteiro
Sou feita de pedaço e, aos pedaços, choro lágrimas vermelhas
Porque é sangue, o que escorre de uma vida intensa
E é dor, o que marca a pele e escancara um coração insatisfeito
Com um rombo no peito, e um vão exagerado entre os dedos, sigo em frente.
Vou plantando meus pedaços pr aí

Hoje a parte que te cabe é vão.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

não quero portas, só janelas...



Tem uma árvore na minha janela, e eu já me sinto fruto dela.
Achei meu lugar na vila colorida, aquela onde crescem árvores nas janelas.
No galho mais alto, junto as folhas mais verdes, fiz minha casa.
E já quase me sinto como um certo passarinho, que é de Barros, mas não é João, tão raro, na constante busca pelo nada, que canta cores de felicidade inusitada.

Acima de mim, só o céu, e tudo aquilo que vem com ele.
Nuvens, chuva, e as estrelas...

que se guarda, e se perde...

É quase como comprar uma roupa linda e colorida, que faz você se sentir bem; e não usá-la com medo de gastar.
Ela fica lá, guardada, ávida ao toque da pele, enquanto você se conforma com o pretinho básico e, seguro, segue em frente na certeza de que numa ocasião especial, sempre terá algo mais interessante e apropriado para vestir.
Eis que a ocasião oportuna chega de surpresa.
Você se anima e, corre ao armário, àquele cantinho das coisas importantes; separa a roupa em cima da cama, toma banho, se perfuma, se prepara, se imagina. E então a veste, ou quase...
Ela não serve mais!
Talvez um pouco gordo, talvez sério demais, talvez corajoso de menos, certamente mais triste.
Então, despido da ilusão do tempo, em vão, você deseja atrasar o relógio alguns meses.
Se antes pra você não servia, hoje você não serve mais.
O tempo passa impiedoso.
E você pode até atrasar o relógio, mas teu próprio corpo dirá que alguns medos, te deixarão marcas que nem plástica dá jeito.
Revoltado com o tempo que passou, você põe a roupa na pilha para doação, na tentativa de se desfazer daquela prova irrefutável de uma possível felicidade que passou.
E quando então você percebe, que enquanto se revolta e se deprime com o tempo, ao invés de tentar reparar ou ajustar alguns pontos, a pilha de doação se foi, e agora, outro usa aquela roupa, a felicidade, em seu lugar.
Uma pena....

quinta-feira, 9 de julho de 2009

o que me cabe agora

Não demora
E chega a hora
Nossa troca
Uma vida contida por minhas horas, injustamente roubadas
Não demora
e mais uma vez
Chega a hora
Nossa hora

Se o exageiro faz um vício, eu me arrrisco, quero mais.
E vou, eu mesma, buscar...
As partes todas completam o jogo, mas não definem o todo dessa realidade latente.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Grito inaudível de uma noite que queria ser uma tarde de domingo...



Meu pai diz que minha personalidade é forte, e que eu encanto feito o sol, que sem cuidados, queima.
Minha mãe me admira, fala que se tivesse minha idade de novo, gostaria de ser como eu.
Eu nunca escondo o que penso, procuro ir atrás de meus sonhos.
Tenho 21 anos, já consigo ganhar parte do meu dinheiro, sei o que quero da vida agora, mas também sei que sucesso não significa seguir pro resto da vida a primeira decisão.
Tenho muitos amigos, sou amiga da minha irmã!
Eu amo meus avós!
Tenho duas cachorras, mas perdi há alguns anos a "minha" cachorra!
Tive/tenho uma boa infância, posso olhar para traz e lembrar boas histórias.
Minha risada é engraçada, daquelas que atingem picos bizarros, que fazem com que as pessoas ao redor me olhem em silêncio, antes de caírem na gargalhada.
Eu sou bem brava, amo solenemente polêmicas e discussões. Argumento bem, pelo menos enquanto não estou gritando verdades, que as pessoas com quem estou discutindo merecem, mas não deveriam ouvir, pelo menos não de mim.
Eu sei pedir desculpas, sei assumir meus erros, e fico bastante envergonhada.
Eu já errei um monte, já bebi demais, já magoei pessoas que eu amo, já me decepcionei comigo mesma.
Já chorei, já chorei muito, tanto que cheguei a me sentir seca por dentro, já chorei até não conseguir mais. Mas eu sempre acho razões que me umedecem os olhos.
Ahh, a chuva...
Tenho medo de nunca ter filhos, tenho medo de nunca me casar, e sempre que me pego pensando nisso, faço graça comigo mesma, digo no espelho que sou tão completa que não poderia ter uma metade vagando por aí, prestes a me fazer feliz. Mas aí vem a umidade aos olhos, a chuva, enxurrada que leva meu sorriso pra lá...
Eu já abracei alguém tão forte, e por tanto tempo, a ponto de me sentir segura, e no lugar certo. Mas isso faz tanto tempo... Essa lembrança lava o verde em meus olhos e faz nascer alguma esperança por um segundo.
Me acho parecida com meus pais, e me orgulho disso.
Tenho muitas metas, não me importo em alterar caminhos, gosto de mudança, eu não gosto de parar.
Coincidências me perseguem, e eu sempre acho que elas são sinais que eu não consigo interpretar. Eu as amo quando elas acontecem, sinto-me especial! Mas as odeio com toda força quando vejo que nada significam pra mim, sinto-me enganada por minha própria imaginação.
Sempre que me apaixono, sinto que nunca poderia ter gostado mais de alguém, eu não me apaixono fácil, mas me apaixono muito e, intensamente.
Encaro a vida como um constante abismo, o qual a gente nunca deixa de cair. Tenho medo de acabar de cara no chão, é claro. Mas sei que não haveria tempo pra tanto. O precipício é dos grandes!
Tenho medo de não ter tempo pra tudo, sei que já devia ter viajado mais, sempre acho que não falei tudo o que queria para as pessoas que gosto.
Quando gosto de alguém, não sei ser engraçada, eu não sei fazer comentários inteligentes, não sei ser encantadora, sedutora, eu nunca sei ser, não consigo lembrar boas histórias, não sei a hora de parar de falar... Quando gosto de alguém, eu não sei ser eu mesma!
Eu estava chorando quando comecei a escrever, fiquei tentando achar motivos pra parar, mas não dá!
Então percebi.
Assim como flores precisam da chuva para desabrochar, meus olhos precisam de lágrimas para expressar!
E o choro agora é de alegria, e o momento é bom.
O que começou com angústia, terminou com solidão, a mais linda solidão.
Por que é depois da tempestade que vem a bonânça.
Um sorriso sincero me escapou, e eu agradeço por este ser só meu.
E agora me vejo numa varanda, com um caderno de desenho com uma coisa "riscada", e um grafite nas mãos. Penso que se alguém chegasse, ao menos existiria a possibilidade de eu tirar-lhe um pensamento a favor de meu ego: "Oh, uma artista emocionada!"
Olho pra "coisa" rabiscada no branco e, choro de rir da minha capacidade de ser patética.
Lembro que sou fotógrafa, e que gosto de escrever.
E registro o momento.
Já com os olhos secos, me levanto, eu ajudaria minha mãe com almoço agora.
Ahh, se hoje fosse domingo...

um brinde!

Um brinde às palavras embriagadas, e às afogadas em lágrimas!
Coisa engraçada...
Eu brinco com o copo, digo que vou tombá-lo.
Ele pede reforço, diz que vai me virar!
Mas essa eu ganhei.
O próximo, por favor!
Só não esqueçamos de brindar...

...

Já no avesso, eu mostro que sou o reverso daquilo que ele esperava.
E se reverso é o contrário de verso, então digo que eu sou verso da poesia que ele mesmo criou.
E ele sabe disso, por isso teme...
Mas eu peço que tenha calma.
Eu tô aprendendo com as minhas próprias linhas! Que apesar de serem reverso, não deixam de ser continuação...
Você me mostrou a direção, o caminho é comigo!
Por isso não tema, cada um tem as linhas que merece.

Agora brindemos!

por culpa dos que crescem sem saber brincar...

Quis tentar trocar sorrisos, como quem troca figurinhas pra se divertir, pra só aumentar dos dois lados!
Que besteira!
Perdi o meu, e fiquei sem o teu.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

eu, prisão de mim



Um dia eu sorri sincero, e me disseram que o meu, era o sorriso mais bonito que existia!
Mas acontece que agora, sorrindo, eu só sei contar mentira...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

que não se esconde, e continua, mesmo quando a razão manda o contrário

Só então percebi o meu vício pelas linhas, cada vez mais.
Mas talvez seja nisso que se resuma afinal, a minha vida, num preencher de linhas.
E é certo que pulo páginas, arranco folhas, rasuro palavras, mas no papel, em algum lugar por aí, restará para alguém, os indícios de uma vida escrita, das minhas linhas vivídas...
E eu me divirto pensando nisso.
Então, à quem me lê, se é que alguém faz isso, aqui vai uma dica, minha leitura deve ser feita lentamente, e com pausas certas para respiração. Em vida, acho que é esse o meu problema, desconheço as vírgulas, eu não sei a hora de parar, não sei virar a página, eu só quero continuar.
Eu não acredito em final feliz.
E é claro que tenho uma boa expliação pra isso, mas por hora, deixo aqui um ponto final.
É que eu preciso praticar...

terça-feira, 23 de junho de 2009

que morre e nasce a cada instante..



Quando acordei, de alguma forma eu sabia que aquele seria um dia estranho.
Não demorou muito e, um acontecimento banal, tão comum na minha corriqueira aceitação, me borbulhou a mente, até então anestesiada.
Com raiva, bati aquela porta com tanta força, que a casa toda tremeu, e em segundos, desabou.
Muda, temi ter posto abaixo os tijolos de uma personalidade recém-construída.
Pois vi, que em instantes, nem mesmo meus alicerces foram capazes de conter aquele sentimento brutal que me tomara.
Fechei os olhos pra não ver aquilo que por tantas vezes, tentei deixar do outro lado da porta. Mas as paredes em ruínas já não encobriam mais nada. Eu estava então, só, camuflada na destruição de um cenário encantado.
A casa estalava compassada com o pulsar de meu coração, cada vez mais forte.
Com as mãos no rosto, por um vão entre meus dedos, arrisquei um olhar vago.
Uma luz amarelada me cegou de imediato, e me atordoou um pouco, até que minhas retinas se acomodaram.
E foi aí, que um milagre aconteceu.
Destruída, a casa teve seus cômodos todos expostos.
E a mesma luz amarelada, que me tocou os olhos, pode tocar cada pedaço daquela casa destroçada. Eu já não escutava mais nada. E mesmo que eu não estivesse sozinha, e por algum motivo minha voz me importasse, eu não falaria uma só palavra.
Fiquei horas contemplando o caminho da luz sobre os escombros, iluminado aos poucos, mas consistente; e imaginando o que aquilo tudo significava.
Passei meses procurando novas casas e respostas para o tal acontecimento.
E embora eu continue, ainda hoje, sem qualquer conclusão concreta, estou certa de que fui mudada.
Eu, hoje, edifico meu comportamento todo em liberdade. Sou minha própria morada, o refúgio da então constante fuga de mim mesma, eu sou, sou meus defeitos e minhas qualidades. Acredito que flores nascem o tempo todo, não só em vão, mas nos vãos onde são necessárias. Entendi que a minha vida, não é só uma questão de "as coisas como elas são", mas de como determino que meu olhar as veja.

Flores sempre nascem onde são necessárias, eu as vejo.



terça-feira, 16 de junho de 2009

o moinho








































O moinho abandonado é uma fábrica extinta nos anos 60, que há uma década virou morada de pessoas sem opção.
Quis conhecer, eu fui, eu vi, passei, eu vi.
Um gato que grita um cheiro triste, que sangra os olhos a navalha, que dorme em compensado, que vê luz na gambiarra, que vive entre uma gente que duplica de dois em dois anos, que tá invisível na cidade e é embalada por trilho de trem.
Nesse moinho não se sabe ao certo o que se mói, ou quem é moído. Mas é certo que mói gente, esse pó entorpecente. Mói os laços e a própria fé, que só renasce ao nascimento.
Nessa favela a criança que nasce renasce a mulher.
Lá tem um cachorro que já não late, embriagado na vida que não escolheu, mas que entende o que família é.
Abaixo, nossa maneira de resumir e compartilhar sensações e sentimentos..
[ Favela do Moinho - Bom Retiro - SP / maio e junho de 2009 ]

segunda-feira, 15 de junho de 2009

traçado único

Se eu te ofereço aqui, tímidos versos, é porque meu olhar, acrescido do seu, deixou vazar sinceridades desconhecidas até mesmo por mim.
Se são tímidos, é porque tenho medo, medo de provocar uma combustão catalisada por palavras inventadas, que tentam achar sentidos e significados pra você.
E elas chegam perto da vontade de ter, e me torturam, estilhaços de mim que tentam rasgar minha própria natureza, quase me prendem.

Mas eu cicatrizo tão rápido quanto amo.

Se te assustei assim, com um amor precipitado, tanto quanto inusitado, veja agora, o quanto meu medo deve ter sido maior.
Mesmo assim segui em frente,
Eu me refaço num instante.

terça-feira, 9 de junho de 2009

a fotografia dela

As mãos buscam o invísivel,
Os pés desecrevem a agonia de estar parado,
Nos olhos explode a sensação do momento,
e projetam o único movimento da cena.
Que desencadeia o som,
De um coração errante,
Que por ser vivo bate, tanto, que lateja na dor.
Mas que em momento algum desiste, do precipício do amor.
E que entre alguns intervalos, vive na plenitude de um sabor,
De quem decide viver com o risco do amargo das faltas, mas na certeza de si.

De quem precisa do sol, e tem a lua como amante.

Isso está longe de ser o meio termo, o lado indefinido de tudo aquilo que pode ser.
É esse o extremo do querer, do querer tudo ao mesmo tempo.
E fazer.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O cinzento das nuvens vem molhar meus olhos nesse instante. E é incrível a capacidade desse amarelo saturado de me tocar a alma,ou eu que ando emotiva demais.. Esse véu transparente, de repente, na minha janela, é enxurrada que leva meus pensamentos pro mar. Emaranhado de tortuosas sensações, é no que se transforma esse meu momento. E então, a paz, tão inesperada quanto a cor desbotada na janela do meu agora, que mesmo na falta me encanta. Já não sinto dor, sinto o vento soprando meu corpo para caminhos desconhecidos. Já não sinto o amargo da ausência em minha boca, sinto-me apenas. Já não sinto o abismo entre minha normalidade e minha loucura, sinto cores explodindo em meu peito e se transformando numa trança colorida que envolve essa dualidade que se unifica e se solidifica em cor. Já não sinto peso, sinto a chuva lavando o meu corpo e levando pra longe tudo aquilo que não permance, e não me pertence. Sinto por não ter percebido isso antes. Eu sinto. E pinto, nessa tarde monocromática, com minhas cores preferidas, as razões dos meus sentidos.
Hoje eu sei. Minha paz é colorida! E é só minha..

quinta-feira, 23 de abril de 2009

pra desafiar o impossível


I.

pra desafiar o impossível


II.

pra desafiar o impossível


III.

Pra quem não se contenta
Pra quem busca todas as possibilidades de nossa realidade aparente

Impossível é só uma palavra destinada ao que aparentemente não se pode ver

Ser fotógrafo é , é tornar possíveis, as situações impossíveis dos olhos comuns.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

sous les grands arbres noirs..


Há fuga amarga, inventada, traduzida

Ao som da luz baixa e amarela
Me envolvo, me embalo, me vejo

No acaso descuidado
Me projeto, me quebro, me esqueço

O mundo em seu movimento pleno
O tempo, parado, calado em mim

terça-feira, 14 de abril de 2009

memórias, estórias, e o que fica


Depois de tomarem de suas mãos o direito de decidir a direção da própria vida, a menina entendeu que o melhor a se fazer era aceitar o caminho imposto tão bruscamente sob seus pés.
Viveu de forma linear, como quem contorna os altos e baixos de uma montanha, o Fuji quem sabe.
Um tracejado de luz, que seguiu desviando e às vezes se chocando com pedras na correnteza de sua vida.
Escondeu-se atrás de uma máscara branca, que nunca deixou de mostrar a pureza e a beleza de seu coração, mas que a fez se perder de si mesma, algumas vezes.
Lutou por seus sonhos e por um espaço seu, e os conseguiu.
Embora, não se saiba, ao certo, se suas conquistas foram alcançadas por vontades e desejos legítimos; ou se foram meras consequências do trajeto que acabou trilhando.
A verdade é que ela as conquistou, e da melhor forma que lhe cabia.

O que nos difere? O consentimento.
O que nos aproxima? A linearidade percorrendo extremos, contornando altos e baixos.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

o invisível

Tá na palma da mão, o vazio
Pode ser visto no canto dos olhos, o que falta
Há quem consiga escutar em sua voz, o grito
É possível perceber em seus braços, o frio
E ela entende que a culpa é toda dela

É o que se passa com quem tem raízes no vento
Com quem entoa no compasso do tempo

Se falta cor, ela sabe que falta, mas se encanta com sons e cheiros
Se faz cega, às vezes, quer dominar as alternativas de um olhar, dos sentidos
Pra talvez, um dia, conseguir suprir todos os seus desejos

E é por ver tudo em sua volta de uma forma estranhamente encantadora, que ela se acalma
Só quando se distrai ela grita, grita em segredo, o estado de seu coração, cheio de faltas

Hoje as cores faltaram,
também não se souba das formas,
as linhas contornaram algo distante

Hoje,
o instante transbordou de falta.
.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

despedida despida de qualquer pudor


Sem verbalizar uma única palavra, ela se despede.
E mesmo sem sono, adormece o tal sentimento.
Ela se amortece no próprio limite, que defini o tempo.

Ela quis saber demais,
E descobriu..

Alguns muros, podem até ser transparentes, mas eles existem.
E não se deixam derrubar facilmente.
Às vezes, simplesmente, não vale a pena continuar.
Sábios são aqueles que sabem julgar, ao menos, algumas dessas vezes.

domingo, 5 de abril de 2009

amor


Vão falar que minhas reações são exageradas, que minhas ações não são tentativas, que são impensadas.
Eles vão, vão dizer que todo meu tempo ainda é pouco.
Vão achar que me ajudam quando tentam me abrir os olhos.
Vão insinuar que minhas verdades não passam de peças de um quebra-cabeça desmontado e incompleto.

Eles vão..

Vão me fazer chorar.
Vão me sentar no chão com as mãos vazias, e fazer eu achar que isso simboliza alguma coisa.
Mesmo sem querer.

Mas eu não vou desacreditar, tampouco vou odiá-los por isso.
Ao contrário.
Minha força renasce nas situações mais improváveis, e isso, eles que me ensinaram.

E eu sei que eles vão, um dia.
Vão me deixar de mãos vazias.
Mas cheia, cheia de certezas, do quanto nos ensinamos.
Eles vão, vão me deixar com um aperto no peito, com vontade de ter concordado mais.
Mas com um sorriso folgado, com brechas de razões para felicidades inusitadas.

Eles vão..
sempre
De algum jeito,
estar por perto, em mim, eu sei.
ser exemplos, razões do meu querer melhorar a cada dia.

E embora eu tropece muitas vezes, dedico-lhes todos os meus passos.

Então, peço-lhes desculpas pelo meu tom de voz, dou-lhes um abraço, o mais apertado que posso.
Por fim, desejo-lhes uma boa semana.
.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

contra o tempo


É que a forma que me cabe anda meio distorcida, uma anamorfose escondida, e sem ângulo de reparação.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

o vento


Eu invento meu tempo, mas o vento leva longe
Voa com ele na linha do horizonte
Que ontem parecia distante

Num instante reconstruo palavras que me acalmam os olhos
Eu vejo palavras

Um segredo
Meu

vento, tempo, vento, tempo
eu tento

me venta pra perto de mim?

[ Morro do Gerbásio - SP / 08.08 ]

quinta-feira, 26 de março de 2009


quem anda no trilho é trem de ferro, sou água espalhante correndo entre pedras..


[ Guararema - Sp / 02.08 ]

doce porção do tempo

Um dia aconteceu de eu entender, que o mundo, a gente não descobre,
A gente o vive!
A gente o sente,
Sente no sol desviando das folhas,
Sente na brisa balançando as flores.

Nuances de amarelo que tingem um quadro de carinho.
E por trás do carrinho, eu vejo o sorriso amigo sentado no banco, como se fosse ontem.

Foi quase ontem,
Fomos juntas socorrer nossas almas, compreender o mundo.
Sentir a vida brincando com a gente enquanto brincávamos de encontrar.

Encontramos águas que escorriam nossas preocupações pra longe,
Encontramos verdes intensos e contagiantes,
Nos contagiamos com a idéia de uma amizade sincera.

O tempo passou, mas na fotografia permanece, o que no meu coração amanhece, todos os dias com o sol.
Uma amizade que se renova com a lua.
Adormece e amanhece, noite e dia, sempre diferente.

Nos unimos numa fatia do tempo.


[ Socorro - SP / 10.07 ]


quarta-feira, 25 de março de 2009

quando sonhos são balões..


Ela se desprende do chão, salta pra vida,
Na certeza inocente e inconsciente,
De que o mundo não só a cerca, mas também a ampara.

Do chão não passa!

[ Prainha Mansa - Ubatuba - Sp / 01.09]

reta de partida

Feito uma semente de girassol, há pouco plantada, que se regada e muito bem cultivada, um dia cumprirá seu destino rumo ao sol.

Que assim seja essa nossa idéia, recém concebida, ainda tão pouco definida.

Certeza mesmo, temos de não estarmos paradas, e dessa vontade de seguir a luz.

Seja no brilho do sorriso sincero da criança na Juatinga, ou no sim orgulhoso que ilumina um altar..

Onde há luz, há de haver fotografia!