sexta-feira, 10 de abril de 2009

o invisível

Tá na palma da mão, o vazio
Pode ser visto no canto dos olhos, o que falta
Há quem consiga escutar em sua voz, o grito
É possível perceber em seus braços, o frio
E ela entende que a culpa é toda dela

É o que se passa com quem tem raízes no vento
Com quem entoa no compasso do tempo

Se falta cor, ela sabe que falta, mas se encanta com sons e cheiros
Se faz cega, às vezes, quer dominar as alternativas de um olhar, dos sentidos
Pra talvez, um dia, conseguir suprir todos os seus desejos

E é por ver tudo em sua volta de uma forma estranhamente encantadora, que ela se acalma
Só quando se distrai ela grita, grita em segredo, o estado de seu coração, cheio de faltas

Hoje as cores faltaram,
também não se souba das formas,
as linhas contornaram algo distante

Hoje,
o instante transbordou de falta.
.

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