segunda-feira, 27 de julho de 2009

só vou querer as de papel



Quis colocar minhas lágrimas na tampa da minha caneta,
só pra ver se assim, elas escorriam pra fora, no papel, tudo aquilo que eu sentia, pra que eu pudesse ler e entender.
Mas não deu, elas transbordaram palavras que eu não conhecia...

Quis lhe dar minhas lágrimas,
pra que ele pudesse provar do próprio sabor, salgado demais, inadequado pra mim.
Mas não deu, elas secaram antes dele chegar, beber de mim.

Quis guardar minhas lágrimas,
pra que amanhã, eu não as esquecesse e, nem depois, pra que desse jeito, não mais doesse por aqui...
Mas não deu, elas regaram um jardim de sentimentos coloridos, lindos; e por serem tantas, como algumas plantas, que com água em abundância morrem, fizeram murchar em mim, toda e qualquer lembrança ruim...

Fiquei sem entender, ele sem saber, e o jardim a florescer...

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