segunda-feira, 1 de junho de 2009

O cinzento das nuvens vem molhar meus olhos nesse instante. E é incrível a capacidade desse amarelo saturado de me tocar a alma,ou eu que ando emotiva demais.. Esse véu transparente, de repente, na minha janela, é enxurrada que leva meus pensamentos pro mar. Emaranhado de tortuosas sensações, é no que se transforma esse meu momento. E então, a paz, tão inesperada quanto a cor desbotada na janela do meu agora, que mesmo na falta me encanta. Já não sinto dor, sinto o vento soprando meu corpo para caminhos desconhecidos. Já não sinto o amargo da ausência em minha boca, sinto-me apenas. Já não sinto o abismo entre minha normalidade e minha loucura, sinto cores explodindo em meu peito e se transformando numa trança colorida que envolve essa dualidade que se unifica e se solidifica em cor. Já não sinto peso, sinto a chuva lavando o meu corpo e levando pra longe tudo aquilo que não permance, e não me pertence. Sinto por não ter percebido isso antes. Eu sinto. E pinto, nessa tarde monocromática, com minhas cores preferidas, as razões dos meus sentidos.
Hoje eu sei. Minha paz é colorida! E é só minha..

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